O noticiário anda meio retrô. Ou seria retrógrado? Muro de Berlim, minissaia, atentado à bomba e até um forçado jantar à luz a velas. Por via das dúvidas, enfiei uma naftalina na entrada USB da LCD. Na Alemanha, há duas décadas o chamado Muro da Vergonha caiu por causa da Perestroika. Na Uniban, há quem ache que a história da minissaia também tem algo a ver com uma Perestroika. Curta não é a saia, mas a inteligência de algumas pessoas. Pobre Geisy, teve seu dia de Geni. Quando ela posar na Playboy, vai se vingar do mundo comprando uma minissaia menor ainda, com o dinheiro do cachê. Daquelas da espessura de um cinto. Patético também foi o pantim da nossa polícia. E olha que há por lá um tal serviço que se diz de inteligência. Fecha rua, para o trânsito, cerca a área e chama a imprensa para ver o desarme de um artefato artístico. Os peritos não identificaram o que estava escrito na tal bomba, “mensagens desconexas” concluíram, quando na verdade se tratava da frase “eu te amo” em vários idiomas. Está certo que era uma obra de arte meia-bomba, mas não precisava tanto. A PM foi quem acabou detonada. Se bem que depois do apagão da última terça, quem ficou com vontade de jogar uma bomba na Celpe fui eu. Quem mora sozinho não tem muito o que fazer sem energia elétrica. Lembrei do pai de um colega, pirangueiro de dar dó, que ensinou os filhos a lerem em Braile só para reduzir a conta. Um visionário. Sabia que um dia os tempos de escuridão voltariam e as mulheres seriam novamente perseguidas por mostrarem o corpo, e que o velho candelabro da vovó serviria para iluminar um banquete a base de sanduíche e cafés frios. É a treva!







